Pb. Lindevaldo
A palavra jejum em hebraico significa cobrir “a boca”, onde nos privamos ou nos abstemos de alguma coisa, até mesmo nas questões intimas dos casais, conforme descreve o apostolo Paulo (1Co 7:1-5) e podendo ter tempos variados, ficando assim sensíveis ao Espírito Santo de Deus e ter capacidades espirituais, percebendo a operação do Espírito com o propósito da vontade de Deus ser reconhecida, enfraquecendo o corpo físico de todas as concupiscência da carne.
No capítulo sete do livro de Zacarias que tem o mesmo nome do autor e profeta da época, conhecido também como “profetas menores” e pós-exílio, junto com Ageu e Malaquias. Ministrou para os habitantes de Jerusalém após o retorno do exílio na Babilônia. Sua mensagem primaria era falar sobre a Palavra do Senhor, onde a reconstrução do Templo tinha recomeçado uma vez mais, como resultado do ministério profético de Ageu, e que Zacarias também exortava-os a executar tal obra. O povo estava experimentando novamente as bênçãos da obediência, porém mais uma vez o povo teve de ser exortado à obediência e pureza.
Durante o exílio, certos dias de jejuns eram observados ao longo do ano como uma lembrança da humilhação de ter sido levado para o cativeiro. Os Israelitas perderam o desejo sincero de uma estreita comunhão com Deus, por isso Zacarias lhes disse que jejuavam sem uma atitude correta de arrependimento ou adoração. Jejuavam e murmuravam sem ter o pensamento no Senhor ou nos pecados que lhes tinham causado esta situação. Depois do exílio O jejum do quinto mês rememorava a destruição do templo em 586 a.C, sendo que o povo jejuava porque estava triste por seus pecados mas por satisfação pessoal. O profeta Zacarias explicou ao povo que seus antepassados trouxeram a grande ira de Deus sobre si mesma ao endurecerem seus corações. Nem mesmo as atividades eram realizadas para honrar a Deus.
Uma vida reta era o tema da palavra profética de Deus, tanto antes quanto depois do exílio. A mensagem do Senhor ao seu povo permaneceu a mesma. Assim o jejum era realizado de forma errada, transformado em tristes comemorações sem honra ao Senhor sendo com isso falso. Fica então reflexão.
Quando estamos orando, jejuando ou mesmo em comunhão na igreja, fazemos por meras repetições? Qual o propósito de suas petições, riquezas materiais ou espirituais? Sabemos que a atitude de adoração deve ser sincera e o Senhor deve ocupar sempre primeiro lugar em nossas vidas, seja em momentos tristes ou felizes, desafiado a retornarem ao verdadeiro jejum.
Pois Jejuar não é um mandamento, contudo um exemplo para: fugirmos da tentação (Mt 4:2; Lc 22:40); nas aflições (II Cr 20: 3; Et 4:3; Jr 36:9); Buscar vitória (Et 4:3-17; 9:31; Nm 1:4; 2:2; Jl 2:12-14,18); nos momentos de tristeza (I Sm 1:7; II Sm 1:12); Arrependimento (Jl 1:14; 2:12-15; Ne 9: 1-2; Jn 3:5), sendo o jejum para com Deus não devemos fazê-lo para manter uma boa forma física, mas ligá-lo a oração e confissão dos pecados. E mesmo que aconselhável não podemos substituí-lo pela submissão devida a Deus. Lembrando que devemos nos humilhar nossas almas, criando uma sensibilidade às coisas de Deus e assim ter a vitória sobre um problema espiritual.
Autor: Pb. Lindevaldo A. Rodrigues
Bibliografia:
BIBLICO, Manual SBB. Tradução Lailah de Noronha. Barueri. São Paulo: SBB 2008.
ESTUDO, Bíblia Almeida Revista e Corrigida. Aplicação Pessoal. São Paulo: CPAD 1995.
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