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sábado, 21 de abril de 2012

TRÊS ÁRVORES

  
                                                                                                                    Autor Desconhecido
Havia, no alto de uma montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que queriam ser depois de grandes.
A primeira, olhando as estrelas, desse: "Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal me disponho a ser cortada". A Segunda olhou para ao riacho e suspirou: "E eu quero ser um grande navio, para transportar reis e rainhas". A terceira árvore olhou o vale de disse: "Quero ficar aqui, no alto da montanha, a e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus".
Anos esse passaram e, certo dia três lenhadores, nada ecológicos, vieram e cortaram as três árvores, ansiosas por serem transformadas naquilo em que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvir nem entender de sonhos...
Que pena! A primeira árvore acabou sendo transformada num cocho, coberto de feno para os animais. A Segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando gente e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando ficar no alto da montanha, acabou em grossas vigas e colocada de lado num depósito.
E as três se perguntavam desiludidas e tristes: "Por que isto?"
Numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, em que havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de animais,e, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A Segunda árvore, anos mais tarde, transportou um homem, que acabou dormindo no barco. Quando a tempestade quase afundo u o nosso pequeno barco, este homem levantou-se e disse: "Paz!". E, num relance , a Segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei do céu e da terra.
Tempos mais tarde, numa Sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Sentiu-se horrível e cruel. No Domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem para ela. As árvores haviam tido sonhos...mas a sua realização fora mil vezes melhor e mais sábia do que haviam imaginado. (Autor desconhecido)
R E F L E X Ã O
Meu (minha) caro(a) visitante. O texto acima pode ser visto como uma alegoria. Entretanto, nos leva a pensar no que diz a Palavra de Deus: "Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará" (Salmo 37.5).
No texto, as árvores perguntam: "Por quê?", referindo-se à situação estranha e aparentemente sem sentido pela qual estavam passando, tão distante, a princípio de seus mais belos sonhos. Contudo, ao passar o tempo, velha testemunha da evolução das coisas, elas viram que seus sonhos haviam sido realizados, só que de maneira um tanto diferente do que sonharam.
Assim Deus faz conosco.
Quando entregamos nossas vidas em suas mãos, confiando nEle, sempre descobrimos que Ele faz melhor do que imaginamos. Daí, porque não devemos perguntar propriamente "por que?", mas, sim, "Para que?"
Deus não faz nada sem um propósito sublime, como diz  Paulo: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8.28). Que o Senhor nos abençoe, fazendo entender que o nosso futuro pode ser melhor, quando o entregamos em suas mãos onipotentes. (Elinaldo Renovato de Lima.
 
Pb. Lindevaldo

domingo, 15 de abril de 2012

DESAFIO AO VERDADEIRO JEJUM

Pb. Lindevaldo
             A palavra jejum em hebraico significa cobrir “a boca”, onde nos privamos ou nos abstemos de alguma coisa, até mesmo nas questões intimas dos casais, conforme descreve o apostolo Paulo (1Co 7:1-5) e podendo ter tempos variados, ficando assim sensíveis ao Espírito Santo de Deus e ter capacidades espirituais, percebendo a operação do Espírito com o propósito da vontade de Deus ser reconhecida, enfraquecendo o corpo físico de todas as concupiscência da carne.
No capítulo sete do livro de Zacarias que tem o mesmo nome do autor e profeta da época, conhecido também como “profetas menores” e pós-exílio, junto com Ageu e Malaquias. Ministrou para os habitantes de Jerusalém após o retorno do exílio na Babilônia. Sua mensagem primaria era falar sobre a Palavra do Senhor, onde a reconstrução do Templo tinha recomeçado uma vez mais, como resultado do ministério profético de Ageu, e que Zacarias também exortava-os a executar tal obra. O povo estava experimentando novamente as bênçãos da obediência, porém mais uma vez o povo teve de ser exortado à obediência e pureza.
Durante o exílio, certos dias de jejuns eram observados ao longo do ano como uma lembrança da humilhação de ter sido levado para o cativeiro. Os Israelitas perderam o desejo sincero de uma estreita comunhão com Deus, por isso Zacarias lhes disse que jejuavam sem uma atitude correta de arrependimento ou adoração. Jejuavam e murmuravam sem ter o pensamento no Senhor ou nos pecados que lhes tinham causado esta situação.  Depois do exílio O jejum do quinto mês rememorava a destruição do templo em 586 a.C, sendo que o povo jejuava porque estava triste por seus pecados mas por satisfação pessoal. O profeta Zacarias explicou ao povo que seus antepassados trouxeram a grande ira de Deus sobre si mesma ao endurecerem seus corações. Nem mesmo as atividades eram realizadas para honrar a Deus.
Uma vida reta era o tema da palavra profética de Deus, tanto antes quanto depois do exílio. A mensagem do Senhor ao seu povo permaneceu a mesma. Assim o jejum era realizado de forma errada, transformado em tristes comemorações sem honra ao Senhor sendo com isso falso. Fica então reflexão.
Quando estamos orando, jejuando ou mesmo em comunhão na igreja, fazemos por meras repetições? Qual o propósito de suas petições, riquezas materiais ou espirituais?  Sabemos que a atitude de adoração deve ser sincera e o Senhor deve ocupar sempre primeiro lugar em nossas vidas, seja em momentos tristes ou felizes, desafiado a retornarem ao verdadeiro jejum.
Pois Jejuar não é um mandamento, contudo um exemplo para: fugirmos da tentação (Mt 4:2; Lc 22:40); nas aflições (II Cr 20: 3; Et 4:3; Jr 36:9); Buscar vitória (Et 4:3-17; 9:31; Nm 1:4; 2:2; Jl 2:12-14,18); nos momentos de tristeza (I Sm 1:7; II Sm 1:12); Arrependimento (Jl 1:14; 2:12-15; Ne 9: 1-2; Jn 3:5), sendo o jejum para com Deus não devemos fazê-lo para manter uma boa forma física, mas ligá-lo a oração e confissão dos pecados. E mesmo que aconselhável não podemos substituí-lo pela submissão devida a Deus. Lembrando que devemos nos humilhar nossas almas, criando uma sensibilidade às coisas de Deus e assim ter a vitória sobre um problema espiritual.
Autor: Pb. Lindevaldo A. Rodrigues
Bibliografia:
BIBLICO, Manual SBB. Tradução Lailah de Noronha. Barueri. São Paulo: SBB 2008.
ESTUDO, Bíblia Almeida Revista e Corrigida. Aplicação Pessoal. São Paulo: CPAD 1995.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O ESPÍRITO SANTO


Pb. Lindevaldo

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO
Estudando a divindade do Espírito Santo encontramos uma tendência moderna que procura minimizar a importância das doutrinas. Em nenhum lugar essa apatia em relação as doutrinas é tão perigosa, a não ser quando tem em vista o conhecimento de Deus. Errar em relação à doutrina acerca de qualquer Pessoa de Deus é o mesmo que perverter a doutrina da Trindade, perdendo assim a pureza do real conhecimento que é proveniente do Deus verdadeiro. Não há salvação ou serviço quando não existe um conhecimento puro a respeito da Pessoa de Deus (Jer 9:23,24; João 17:3; Daniel 11:32; Oséias 6:6).
Estudar a pessoa de Deus é a atividade de maior proveito na qual o Seu povo pode se ocupar (Fil 3:8). Nada mais expande a nossa mente enquanto nos humilha. Quando aprendemos de Deus fica fortalecida a nossa comunhão com Ele e nossos corações ficam tranqüilizam-se (Jó 22:21). Sabendo que temos o Espírito Santo habitando em nós recebemos gozo e confiança de Deus. Estas verdades devem animar a nossa fé ( I João 4:4) e provocar repúdio do pecado (I Cor 6:18,19). Que Deus use essa lição para confirmar essa grande verdade da divindade do Espírito Santo.
I A TRINDADE
A Bíblia nos ensina que enquanto há um só Deus (Deuteronômio 6:4), há três personalidades na divindade (Mateus 28:19; I João 5:7). Neste estudo da divindade do Espírito Santo seria ajudador se relembrássemos do relacionamento entre as Pessoas do Deus Trino.
A. Deus, o Espírito Santo - Teologicamente falamos do Espírito Santo como a Terceira Pessoa da Trindade e é Ele quem Procede do Pai e do Filho (João 15:26; Salmos 104:30; Gálatas 4:6; Filipenses 1:19). "Processão Eterna" esta frase é usada para descrever o relacionamento do Espírito Santo com o Pai e o Filho.
B. Deus, o Filho - Jesus Cristo é o Filho unigênito do Pai. Cristo tem sido sempre o Filho do pai (Gálatas 4:4; João 3:16; Isaías 9:6). "Geração Eterna" esta frase é usada para descrever o relacionamento do Filho entre o pai. Teologicamente falamos de Cristo como a Segunda Pessoa da Trindade.
C. Deus, o Pai - O pai nem "procede" e nem é "gerado" por ninguém e assim falamos dEle como a Primeira Pessoa da Trindade. Devemos lembrar-nos que estes termos nunca podem implicar inferioridade às Pessoas Divinas. Mesmo que estes relacionamentos a nos não sejam compreendidos mentalmente, eles devem ser aceitos ou logo nos afastaremos da doutrina do Trinitarianismo para o Unitarianismo.
II. A Divindade do Espírito Santo
As provas da divindade do Espírito Santo podem ser divididas em cinco categorias.
A. O Espírito Santo é chamado Deus - (Atos 5:3-4, 9; I Coríntios 3:16; Efésios 2:22; II Coríntios 3:17). O Espírito é chamado Adonai (Compare Atos 28:25 com Isaías 6:8-9). O Espírito é chamado Jeová (Compare Hebreus 10:15-16 com Jeremias 31:31-34).1
B. O Espírito Santo está associado ao Pai e ao Filho num mesmo nível de igualdade - (Mateus 28:19) [Observe que a palavra "nome" está no singular significado assim que o poder, a glória e a autoridade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é uma só] (I João 5:7; II Coríntios 13:14).
C.  Os atributos de Deus são dados ao Espírito Santo.
    1. Eternidade - Hebreus 9:14. 2. Vida - Romanos 8:2. 3. Onipresença - Salmos 139:7-8. 4. Santidade - Mateus 28:19. 5. Onisciência - I Coríntios 2:10. 6. Soberania - João 3:8; I Coríntios 12:11. 7. Onipotência - Gênesis 1:1-2; João 3:5
D.  As obras de Deus são dadas ao Espírito Santo.
    1. A criação - Jó 33:4. 2. A incarnação - Mateus 1:18 3. A Regeneração - (Compare João 3:8 com I João 4:7). 4. A Ressurreição - Romanos 8:11 5. A inspiração da Palavra de Deus - (Compare II Pedro 1:21 com II Reis 21:10).
E. A natureza do pecado ‘sem perdão’ revela a dignidade do Espírito Santo - Mateus 12:31-32.
Conclusão
A importância desta lição tem ênfase quando contabiliza o grande número de seitas que Satanás tem instigado a atacar a verdade da divindade do Espírito Santo. Que isso possa incitar-nos a um maior cuidado ao darmos ao Espírito Santo Seu devido lugar em nosso amor e adoração.
 
1. Talvez seja conveniente explicar que na tradução para o português a palavra "senhor" aplicada a Deus no Velho Testamento pode ser uma tradução de duas palavras Hebraicas diferentes para "Deus". Quando imprimida com todas as letras maiúsculas ("SENHOR") indica o nome Jeová. Quando somente a primeira letra é maiúscula ("Senhor") trata-se do titulo Hebraico para Deus - Adonai.

Autor: Pr Ron Crisp

A EDUCAÇÃO CRISTÃ

Pb Lindevaldo
Nos primeiros dois séculos da era cristã, a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. Porém, do terceiro século em diante, a Igreja cresceu muito e a obra de educação cristã não acompanhou este crescimento. Milhares de pessoas foram batizadas sem instruções. Daí muitas práticas erradas entraram no cristianismo. 
Isto perdurou até o século XVI, quando os reformadores Lutero e Calvino reintroduziram o ensino bíblico ao povo. Na Alemanha, Lutero enfatizou que cada cristão tivesse a Bíblia em sua própria língua para poder ler as Escrituras por si mesmo. Traduziu a Bíblia latina para o alemão. Depois, escreveu dois catecismos (livros de instrução cristã): um para adultos e outro para crianças. 
EDUCAÇÃO CRISTÃ NA IGREJA
A educação cristã na igreja não é só responsabilidade do pastor. Outros oficiais locais têm esta responsabilidade, como o Supervisor de Menores, Coordenador Educacional, etc.. Em quase todas as igrejas, há várias agências de ensino: Liga de Jovens, Liga do Lar (senhoras), Escola Bíblica Dominical ou Dinâmica (EBD), Classe de Novos Convertidos, Liga de Crianças, Classe de Casais, etc. O propósito de todos eles é prover a comunhão, ser agente de evangelização e proporcionar o ensino.
Paulo em sua segunda carta a Timóteo enfatiza. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”  ( II Tm 2.15). Não devemos nos afastar da sã doutrina, orando  e estudando a Palavra de Deus. Os obreiros do Senhor devem manejar bem a Palavra, correta e precisamente, entretanto muitas igrejas desprezam essa recomendação e criam doutrinas entranhas que contrariam as Escrituras, devido a falta de conhecimento.
Existem igrejas sem Escolas Bíblicas, e muitas que a possuem quando querem executar outras atividades, eliminam ou suspendem as atividades de ensino, demonstrando ser o estudo da Palavra algo sem muita importância. A exatidão bíblica é o único critério pelo qual devemos avaliar nossos métodos de ministério e não pelo conceito de verdade de um pragmatista que é moldado pelo que parece ser eficaz.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A LIDERANÇA DE JESUS

Pb Lindevaldo



Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados para que contribuam da melhor forma com os objetivos do grupo ou da organização.
             A face do tema exposto muitos podem até se perguntar: Por que tenho que saber sobre este tema se não sou, nem serei líder? Eu lhe responderei que "o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor"  (Provérbios 16.1). Não sabemos o que o Senhor tem planejado para cada um de nós, sabemos que somos membros do corpo de Cristo, com uma missão a cumprir, e Deus é soberano ao nos colocar em diferentes funções.
- Creio, que o tema, e importante para vivermos nosso dia-a-dia e para o exercício da liderança cristã. Liderança acontece em vários contextos: no trabalho, na igreja (instituição), na escola, em grupos, guetos e dentro de casa, refletida no relacionamento familiar. Assim, seremos bons profissionais, líderes, alunos, companheiros, amigos, filhos e pais.
Diante do exposto anunciado acima posso relatar quatro características de  liderança:
1) Um líder deve ouvir bons conselhos;
2) Um líder que atende aos bons conselhos;
3) Um líder dedicado às pessoas;
4) Um líder que identifica as qualidades dos outros.
             Pois quando tocamos no assunto liderança, podemos ainda nos questionamos:
Qual foi ou é, o melhor líder que já tivemos? Jesus Cristo é a resposta para as duas proposições.  Jesus é o nosso exemplo de liderança por excelência. A Bíblia registra grandes homens de Deus que foram líderes extraordinários (Moisés, Josué, Davi, etc), mas nenhum pode ser comparado ao Líder de todos os líderes Jesus Cristo, aprendemos com ele que liderar nem sempre é mandar, obrigar, coagir ou forçar alguém a seguir e/ou acreditar em nossos propósitos. Se analisarmos a sua conduta durante o tempo em que esteve entre nós, perceberemos que ele não utilizou nenhum desses mecanismos para que fosse seguido e adorado por muitos, não só naquela época mas nos tempos de hoje. Sabemos que ele liderou servindo e sempre se preocupava com o bem estar daqueles que trabalhavam com ele. Sabia ensinar, ouvir, tomar decisões, energizar as pessoas e o mais importante, conseguiu com que muitos acreditassem naquilo que ele propunha. Nem todos acreditaram em suas premissas, mas todo lider está sujeito a isso. Nem todos ouviram o que ele falava, nem todos aceitaram ser comandados por ele, mas ele fez o melhor possível.
             Mesmo tendo nos “deixado”, ainda é lembrado e seus ideais ainda são seguidos. Mostrando  o exemplo de que liderar não é uma tarefa fácil, que liderar nem sempre é mandar..........que liderar não é só querer ser servido, mas também servir.  Pode-se dizer que aquele que conseguir seguir o exemplo de liderança que Jesus deixou, será com certeza um bom líder.
As características básicas da liderança de Jesus devem estar presentes não somente em nossa liderança junto à igreja de Deus mas em todos os locais em que somos inseridos exemplificados no segundo parágrafo.  Sendo, Jesus um líder disposto a assumir a função de servo, que não se preocupava em ser o primeiro. Sua liderança não caracterizava no autoritarismo pois estava sempre disposto a ouvir e dar atenção até mesmo às crianças, ele permanecia em contínuo treinamento com os seus liderados, procurando nutri-los da melhor maneira possível, baseando-se sempre na humildade. Faço então meu silogismo de que as marcas da liderança de Jesus são inspiração para todos nós, devemos ouvir e atender aos bons conselhos, dedicar-nos às pessoas, identificando as qualidades dos outros que estão ao nosso redor, pedindo a Deus orientação de podermos tomar sempre a melhor decisão.

A IGREJA E O DANO MORAL

Pb. Lindevaldo
“Então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não servem.” (Ml 3.18)
A analogia é simples: meias verdades são mentiras, já que não correspondem totalmente á verdade. Sabemos quem é o pai da mentira, como também conhecemos bem os efeitos danosos de informações muitas vezes “plantadas” com o único objetivo de desestabilizar alguém que se destaca ou incomoda setores do poder estabelecido. Uma vez causado o dano, desculpas apenas poderão ser suficientes para repará-lo. A constituição de 1988 ampliou o conceito de direito a imagem ao atribuir-lhe uma conotação patrimonial e moral. Hoje, quem acusa alguém e não consegue provar judicialmente sua alegação fica sujeito, entre outras penalidades, a retratar-se publicamente e a responder a processo de indenização por danos morais e patrimoniais.
O líder eclesiástico não só deve evitar a propagação de meias verdades como incentivar sua congregação a não fazê-lo. Tem de estar atento, ainda, a não infringir e ao mesmo tempo usufruir outra importante prerrogativa legal: direito/dever que tem o psicólogo e o advogado, estendido ao pastor, e não de revelar segredos compartilhados na condição de ministros de confissão religiosa. Tal ato é definido como crime pelo Código Penal, artigo 154: “Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério ou oficio ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”.
A igreja, seja representada por seus líderes, seja pelos membros, precisa estar alerta, neste novo tempo legal. Vivemos em comunidades religiosas em que a vida das é às vezes exposta ao vexame público, independentemente de a informação transmitida ser verdadeira ou falsa. As conseqüências para a igreja podem ser desagradáveis, podendo chegar á indenização judicial.

                                                            Conclusão

“Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar” .(Ap 3.8)
Neste terceiro milênio, a igreja precisa estar atenta ao que o sociólogo italiano Noberto Bobbio denominou “Era dos direitos”. Equivale dizer que a igreja tem de acumular conhecimentos jurídicos que lhe permitiam participar objetivamente na construção de uma sociedade mais justa e na orientação de seus membros para o exercício ativo da cidadania cristã na pós-modernidade. É preciso capacitar líderes eclesiásticos e enfrentar os desafios a que as igrejas e organizações religiosas estão expostas.